Eu não sofreria por .
Ok, talvez um pouco. Mais nada me impediria de dizer que estava tudo bem.
- , você não precisa dele. Nunca precisou. – dizia pra mim mesma enquanto entrava na sala de aula.
Sentei ao lado de que desenhava qualquer coisa em seu caderno.
- Tudo bem? – ela disse assim que sentei.
- Claro, por que não estaria? – eu disse falando como se não estivesse acontecendo nada.
- Tem certeza que quer que eu diga?- ela disse se virando para mim e arqueando a sobrancelha esquerda.
- Não. Não precisa. Eu estou bem. Sério.
- Tudo bem então.
As aulas foram passando e eu só conseguia pensar no que estaria fazendo agora. Será que a tal nova escola era melhor?
- Você não prestou atenção em nenhuma das aulas, não foi ? – disse enquanto caminhávamos ate a minha casa.
- O que você acha? – eu disse olhando pra ela.
- Ai , você tem que esquecer ele – ela disse parando de andar.
- E você acha que eu não sei? É difícil, sabia? – eu disse parando também.
- Ok, vamos fazer assim: Que tal uma tarde de compras pra ajudar a esquecer de tudo? – Ela disse empolgada.
- Você sabe que eu não gosto de fazer compras, – eu disse cansada. O Shopping de Chicago era lotado de garotas mesquinhas com o mesmo gosto.
- Ahhh vai , por favor. Por mim – disse fazendo cara de cachorro que caiu da mudança.
- Ok, mais é comprar e sair. Nada de ficar enrolando nas lojas – eu disse em tom de aviso.
Como sempre, eu tive que ficar puxando da frente das vitrines. Quando voltamos para casa, já eram 7 horas da noite.
- Não acredito que você me fez ficar o dia inteiro no shopping - eu disse com uma toalha enrolada no corpo. Tinha acabado de sair do banho.
-Ahh vai, não foi tão mal assim. Você ate comprou umas coisinhas – ela disse apontando para as minhas sacolas de compras.
- É. Eu sobrevivi - disse rindo.
I was June and you were my Johnny Cash. Never one without the other, we made a pact. Sometimes when I miss you, I put those records on. Someone said you had your tattoo removed. Saw you downtown, singing the blues. It's time to face the music, I'm no longer your muse ♪
Meu celular começou a tocar e correu para pegá-lo.
- Ui, é o – ela disse jogando o celular pra mim.
- Ta, calada – eu disse pra eu poder atender ao telefone.
- Alô
- Alô, tudo bem ? – parecia empolgado.
- Hey , tudo sim e você? – eu disse, rindo da empolgação do garoto.
- Eu estou muito bem. Sabe, eu estava pensando... O que você acha de sairmos hoje? Eu sei que esta um pouco tarde, mais eu queria passar um tempo com você. - ele disse se explicando.
- Passar um tempo comigo? Você esta bem, né? Não bebeu nem nada, certo? – eu disse rindo. O que será que ele queria?
- Não , eu não bebi – ele riu também. – É que, eu soube que você estava um pouco triste, e eu achei que você se sentiria melhor saindo um pouco.
- E pra onde nós sairíamos? – eu disse já com um SIM na ponta da língua. Não me importava pra onde seria, eu realmente precisava de um tempo.
- Na verdade, eu ainda não sei mais eu pensei que seria uma boa ideia tomarmos um Milk Shake de limão. O que acha?- ele disse sabendo que eu não resistiria a um Milk Shake. E de limão ainda.
- Hey, Milk shake é golpe baixo - eu disse rindo. – Ok, eu topo. Nos encontramos na praça?
- Ok, eu te espero lá então. Beijo.
- Beijo – assim que desliguei começou a gritar feito uma retardada
- Ahhhhhhh não acredito um encontro com o gato do , isso, isso, isso. – ela disse rindo.
- Você que falou pra ele que eu estava ‘deprimida’ não é sua coisa - eu disse indo pra cima dela.
- Ahhh nem vem, vai me falar que você não gostou do convite?- Ela disse me parando. – Anda , você precisa disso, precisa esquecer o e o pode te ajudar nisso. Alem do que, já rolou algo entre vocês, agora é só deixar rolar.
-Não vem com essa de “Já rolou algo entre vocês”. Por acaso você vai voltar com o ?- eu disse séria. Ok, vocês não devem estar entendo nada, certo? Eu explico. Melhor, mostro.
~ Flashback ON. Dois anos atrás ~
Música:
estava no meio do pátio da escola com um buque de rosas na mão esquerda e uma caixinha na outra mão. Várias pessoas pararam o que estavam fazendo e fizeram uma roda gigante em torno dele.
Na parte direita de dentro da roda, estava , com um sorriso enorme nos lábios.
- Eu sei que isso pode soar meu ridículo, e que tudo isso parece brega, mais foi o melhor jeito que eu achei de explicar o que eu sinto por você. Sabe, é engraçado o que você me faz sentir. – todos ouviam atentamente o que meu irmão dizia inclusive que estava mais boba do que nunca.
- Como o meu coração acelera só por ouvir seu nome, como eu fico enfeitiçado quando vejo o seu sorriso. Eu só queria falar... - foi se aproximando e parou em frente à . - Só queria falar que eu te amo muito. Isso é pra você - ele estendeu o buque de rosas que estavam em sua mão e o pegou.
se ajoelhou, abriu a caixinha na qual continha um anel e pegou a mão livre de – Quer ser a minha garota ? – ele disse com um sorriso nos lábios.
Nesse momento as pessoas começaram a emitir “anw’s” que eu podia ouvir por toda parte e então começaram com um “Aceita, aceita, aceita”.
olhou para todos os lados da multidão e nela me encontrou. Eu acenei pra ela, como se falasse para ela aceitar. Ela olhou para e finalmente respondeu o que todos queríamos ouvir:
- Sim, eu aceito ser a sua garota.
Logo depois disso, vi colocar o anel no dedo anelar da mão direita de , beijando a parte superior de sua mão e a beijando logo em seguida.
Ele mal sabia que não seria pra sempre sua musa.
Era junho daquele ano, e como de costume, havia um baile para comemorar o dia dos namorados. mal cabia em si de tanta felicidade. Era a data mais especial pra ela. Ela se imaginava como uma princesa e seria seu príncipe. Para o baile, ela havia dormindo em casa. Na época, ela ainda tinha uma mãe.
- Você esta realmente linda . – eu disse enquanto ela se olhava no espelho pela 10ª vez. Ela estava com um vestido realmente lindo. (VEJA A ROUPA AQUI ).
Na época, eu ainda gostava de , mais ele havia escolhido outra para ir com ele ao baile. Eu desistira. Não valia mais a pena chorar por ele, então resolvi ir sozinha. Optei por um vestido menos chamativo (VEJA A ROUPA AQUI) afinal, era quem teria esse papel.
Eu desci as escadas da minha casa primeiro, para poder anunciar que já estava pronta.
descia as escadas com um sorriso contagiante nos lábios. No rosto de o sorriso não era muito diferente. Meus pais, eu e olhávamos deslumbrados por quão bonita a minha melhor amiga estava.
- Você esta linda – disse assim que finalmente desceu o ultimo degrau, dando a mão para ela.
- Obrigada. Você também esta lindo – ela disse com um sorriso.
- Ok, ok. Agora eu quero a foto- minha mãe disse empolgada. Poxa mãe, mico bem agora?
Todos se juntaram para uma foto. Digo, eu, e . Nela, todos nós sorriamos. Claro, por pouco tempo.
Nos despedimos de meus pais e seguimos para a escola, onde seria o baile. não parava de dizer o quão feliz estava por aquele momento. Ela sempre sonhara com aquilo. Era realmente bom vê-la feliz daquele jeito. Quem diria que logo o meu irmão daria toda aquela felicidade a ela.
Logo que entramos me direcionei ao bar. Não iria ficar de vela não é?! O local estava lotado. Uma música lenta começou a tocar. Era a hora certa.
e logo seguiram para o centro do local.
Summer after high school when
we first met
We'd make out in your Mustang
to Radiohead
And on my 18th birthday
We got matching tattoos
Used to steal your parents' liquor and
climb to the roof
Talk about our future like we had
a clue
Never planned that one day
I'd be losing you
colocou a mão esquerda na cintura de e com a outra mão pegou a mão dela, entrelaçando seus dedos nos dela. Começaram a se movimentar no ritmo da música, não parando de se olhar em um só minuto. Eles faziam um casal lindo.
In another life, I would be your girl
We'd keep all our promises, be us
against the world
In another life, I would make you stay
So I don't have to say you were
The one that got away
The one that got away
I was June and you were my
Johnny Cash
Never one without the other,
we made a pact
Sometimes when I miss you
I put those records on
Someone said you had your
tattoo removed
Saw you downtown, singing the blues
It's time to face the music
I'm no longer your muse
Eu via uma movimentação bem estranha para lá e para cá de um bando de garotas, mais não sabia o que de fato estava acontecendo. “Devem estar indo fumar no banheiro, ou transar com algum jogador do time” foi o que eu pensei. Uma das meninas, a que dava as ordens, era Lilian, uma líder de torcida que era afim do meu irmão e odiava . Eu tinha que ter me tocado que algo estava errado.
In another life, I would be your girl
We'd keep all our promises, be us
against the world
In another life, I would make you stay
So I don't have to say you were the
one that got away
The one that got away
The one
The one
The one
The one that got away
No meio da música um telão que ficava em uma das paredes, a parede central, ligou. Todos pararam de dançar e voltaram à atenção para o telão, inclusive e . “ eu espero que esteja aproveitando esta noite, pois será sua ultima com o meu namorado” era o que estava escrito de inicio. A música não parou de tocar, mais diminuíram o seu som.
All this money can't buy me
a time machine, no
Can't replace you with a
million rings, no
I should have told you what you
meant to me, whoa
'Cause now I pay the price
Logo em seguida começou a rodar um vídeo. Nele aparecia e Lilian conversando. “Quando você vai voltar para mim? A aposta já acabou.” Lilian dizia. “Você tem que esperar um tempo. Eu ainda não consegui o que queria” foi o que ouvi dizer. Espera. Então era tudo uma aposta? O meu irmão estava apenas brincando com a minha melhor amiga?
In another life, I would be your girl
We'd keep all our promises, be us
against the world
In another life, I would make you stay
So I don't have to say you were the
one that got away
The one that got away
No final do vídeo, aparecia um beijo. Lilian e . Se beijando. Era o fim. As pessoas olhavam para .
Algumas riam, outras sustentavam um olhar de pena. Eu estava com raiva de . Ele teria que se explicar. A música foi aumentada e o telão desligado. correu para fora do local em que o baile ocorria e vi correr atrás dela. Eu não deixaria mais aquilo acontecer. Quem Lilian pensava que era?
The one (the one)
The one (the one)
The one (the one)
In another life, I would make you stay
So I don't have to say you were the
one that got away
The one that got away
Procurei a vadia e á achei no banheiro feminino, rindo com duas seguidoras ridículas.
- Quem você pensa que é Lilian? Quem você pensa que é pra fazer isso com as pessoas?
– eu disse a jogando contra a parede. As Lilian’s repetidas saíram correndo do banheiro. Melhor assim. Só uma apanha.
- Ta louca menina? A sua amiguinha só recebeu o que merecia. É isso que dar roubar o meu namorado. – ela disse rindo.
Um... Dois... Três... Calma . Respira.
- Olha só para ela. Quem iria querer aquilo.
Ok. Chega. Isso foi o fim.
- Oh ô, acho que hoje não é seu dia de sorte – eu disse dando um soco naquele nariz retalhado. Alguma coisa útil eu aprendi com o meu irmão. Bater.
Eu não podia ficar perdendo tempo com aquela vadia. precisava de mim. Não a encontrei do lado de fora da escola. Nem , nem , e muito menos o carro.
Droga, eu estou de salto.
Há duas ruas antes de casa os encontrei discutindo.
- Como você pode fazer isso comigo? Me fala o que eu fiz?- ela dizia aos prantos. Doía tanto vê-la assim.
- Calma , eu posso explicar. No começo foi sim só uma aposta. Mais eu realmente te amo. Eu sou maluco por você. Sempre fui. – ele dizia decepcionado com a própria atitude.
- Não diga que me ama. Nunca mais repita isso pra mim. Olha só o que você fez comigo. Eu não te fiz nada. Por quê? – ela disse abrindo os braços, mostrando o estado em que estava.
- Ok , chega. Vamos para casa. – eu disse me revelando presente.
- Não, nós ainda não terminamos - disse segurando o meu braço.
- Realmente isso aqui não terminou. Nós conversamos em casa . – eu disse entrando no carro.
- Adeus . – foi o que disse antes de entrar no carro.
Sai com o carro deixando e sua raiva no meio da rua. Se ele queria causar escândalos, que causasse-os sozinho. No carro, não parou de chorar em um só momento.
Resolvi ficar quieta. Se eu falasse algo, só pioraria.
- Bem, chegamos. – eu disse assim que parei o carro.
- Por que ? Por que tinha que ser logo o ? – Ela disse olhando para mim, ainda chorando.
- eu sinto muito. – eu apenas disse isso. Não havia muito que dizer.
- Não importa mais. Eu nunca mais quero ver o seu irmão. – ela disse limpando algumas lágrimas que ainda escorriam por seu rosto.
- Eu vou conversar com ele. Não se preocupe.
- Não. É tarde demais. Eu já estou machucada mesmo.
- E quanto a nossa amizade?- eu perguntei. Se eu perdesse a minha melhor amiga pela merda que meu irmão fez, eu o mataria.
- Você ainda continua sendo a minha amiga. Foi com ele que eu me decepcionei. Não se preocupe. - ela disse com sorriso triste.
- Descanse. Tome um banho e descanse. A dor vai passar.
- É assim que você se sente em relação ao ? Dói tanto assim?- ela perguntou confusa.
- É exatamente assim. Nós sempre teremos decepções. Mais a vida continua, não é?
- É. Continua. – ela disse e saiu do carro. Fiquei ali ate entrar em casa e segui para a minha. Eu e teríamos uma conversa.
Quando cheguei em casa, corri para o quarto de , ignorando a preocupação da minha mãe que dizia um “o que aconteceu com vocês?”
- Me fala, por que você fez isso? – eu disse entrando no quarto de . Ele estava sentado em sua cama e segurava um porta retratos no qual continha uma foto dele com e havia lagrimas em seus olhos.
- Eu fui tão idiota . Eu perdi a minha menina. – ele disse chorando.
- Eu não entendo. Não consigo entender. Se você gosta tanto dela, por que fez isso? – eu disse sentando ao seu lado.
- Não interessa. Nada interessa mais. Agora sai do meu quarto. – ele disse como se aquilo fosse algum segredo. O que ele estava escondendo?
- Você sabe que não é assim que as coisas funcionam não é? Sabe que não vai ficar assim. – eu disse o avisando. – Você ainda vai sofrer muito por tudo isso. – eu terminei e sai de seu quarto. Tinha acabado.
Tudo entre eles estava acabado. Eram dois corações partidos agora. E o que escondia?
~ Flashback OFF ~
- Não. Eu não vou voltar com o seu irmão, não começa. – ela disse séria.
- Certo, então fique na sua. Mais em, que roupa eu coloco?
- , é só um Milk Shake com o .
- Exatamente. Com o . Anda logo, me ajuda.
Coloquei uma regata branca, uma camisa xadrez vermelha e preta por cima, um jeans escuro e uma sapatilha preta. Estava pronta.
Avisei meus pais que eu sairia e não voltaria muito tarde. Ainda eram 8 horas e ate às 10h estaria de volta.
Quando cheguei na pracinha, vi sentando com uma rosa solitária em suas mãos. Assim que me viu, sorriu como nunca e se levantou. Eu me aproximei dele e parei logo em sua frente.
- Tudo isso só para um Milk Shake? – ele disse em um tom brincalhão.
- Não esta bom? Tudo bem, eu volto e me arrumo de novo. – eu disse entrando na brincadeira e me virando. pegou com delicadeza um dos meus braços e me virou.
- Esta ótimo assim. E esta é para você. – ele disse me entregando a rosa.
- Ela é linda. Obrigada – eu disse sentindo o aroma da rosa.
- Bom, agora, podíamos ir tomar o Milk Shake, não acha?- ele disse oferecendo o braço para que eu entrelaçasse o meu braço no dele.
- Claro. Vamos.
Na sorveteria fizemos o pedido e sentamos nos banquinhos que havia próximo ao balcão.
- E então, como esta tudo em sua casa? – disse. Foi o melhor jeito que ele achou de iniciar a conversa.
- Esta tudo bem. já esta se acostumando a conviver com o - eu disse rindo.
- Eu não sei como você aguenta. Aqueles dois vivem brigando. – ele disse negando com a cabeça.
- Tudo bem. Você já pode me dizer o que te fez a me trazer aqui – eu disse com um sorriso esperto nos lábios. Uma das garçonetes colocou nossos Milk Shake’s em cima do balcão e voltou para o seu trabalho.
- Bem... É que... – ele disse procurando o melhor jeito para me falar o que queria.
- É que... - eu disse o incentivando a continuar falando.
- Eu não aguento mais ficar sem você. – ele disse segurando a minha mão.
- O beijo. Foi o que eu precisei pra saber que é você quem eu quero. É de você que eu preciso . Eu não me importo com mais nada, se eu tiver você comigo. – eu apenas o escutava. Dá pra acreditar nisso? O cara que eu amo falando que precisa de mim.
- eu não sei nem o que dizer. – eu disse comovida com toda aquela situação.
- Diga que quer ser minha. É o necessário. – ele disse tirando do bolso uma caixinha.
Oh não. Eu não posso acreditar.
- eu...
- Eu sei que fui um idiota, . Sei que não dei o valor que você merecia. Mais eu vi que é você que eu quero. É só de você que eu preciso. Quer ser minha ?- ele disse abrindo a caixinha e revelando um anel.
- Eu aceito. Eu aceito ser sua. – eu disse com um sorriso enorme. Eu sei. Pareceu rápido demais, mas eu esperei por isso a minha vida inteira.
Ele colocou o anel em meu dedo e me deu um selinho demorado. Continuamos conversando por um tempo até acabarmos o Milk Shake.
Depois resolvemos voltar para a pracinha. O céu estava limpo e continha algumas estrelas. No centro da praça havia uma fonte jorrando água e em torno dela havia gramado. Nos sentamos em um banco que havia por perto e ficamos apreciando a fonte.
Digo, eu apreciava a fonte. Notei me olhando com um sorriso bobo nos lábios.
- O que foi? – eu disse rindo.
- Você é tão linda. Como eu não te notei antes?
- Você só precisava de um tempo para perceber isso. – eu disse num sorriso sincero.
chegou mais perto e colocou uma de suas mãos em minha bochecha, começando um carinho gostoso. Eu não desgrudava os olhos deles.
Era tudo tão perfeito.
- Eu acho que amo você – ele disse num sussurro, roçando seus lábios no meu.
- Eu tenho certeza que amo você. – assim que ouviu o que tanto desejava, iniciou um beijo calmo, que não foi aprofundado, pois já estava ficando tarde e eu tinha que ir para casa.
- Eu tenho que entrar agora. - eu disse quando chegamos em frente a minha casa.
- Você parece estar com frio. Eu quero que fique com isso. – disse tirando seu casaco.
- Não , não precisa. – eu disse, em vão, pois no segundo seguinte já estava com o casaco quentinho de .
- Assim esta bem melhor. – ele disse me puxando pela cintura para um abraço, de forma que minha cabeça se aconchegou em seu peito.
- Eu não quero que isso acabe. – eu disse com os olhos fechados e um sorriso no rosto.
- Não se preocupe. Por mim, isso nunca vai acabar. – ele disse beijando o topo de minha cabeça.
- Hora de ir. – eu disse olhando pra ele.
- Só depois do meu beijo. – ele disse rindo. Coloquei uma das minhas mãos em seu rosto e puxei-o para um beijo. Uma de suas mãos entrelaçou em meus cabelos e a outra massageava a minha cintura. O beijo foi desacelerando aos poucos e eu terminei puxando de leve com os dentes seu lábio inferior.
- Eu te amo. – ele sussurrou e eu ri.
- Também te amo. – eu sussurrei.
Quando já estava na porta da minha casa, me virei para vê-lo. jogou um beijo e sussurrou um boa noite. Eu fiz o mesmo.
Subi para o meu quarto com um sorriso maior do que meu rosto. Era incrível. Eu tinha namorado. Não, isso não era o mais incrível. era o meu namorado, isso era o incrível.
Quando entrei em meu quarto, notei que havia algo de errado com . Assim que fechei a porta, ela me deu um olhar triste e se cobriu. Estava se preparando para ir dormir.
- O que aconteceu? - eu perguntei sentando em minha cama.
- Briguei com seu irmão. – ela disse de cara fechada.
- E como foi dessa vez?
- Foi algo do tipo “você é muito mesquinha, você só pensa em você. Foi um desses motivos pelo qual não deu certo”.
- E o que você respondeu?
- “Não, não deu certo pela sua infidelidade e pela sua falsidade, caso ao contrario, estaríamos juntos ate hoje”.
- E ele?
- Perguntou se ainda estaríamos juntos. Ai eu disse que não era mais importante e sai.
- Caramba , agora vocês moram juntos, não tem mais que ficar brigando. Aquilo já passou, olha a idade de vocês.
- Eu sei, mais é ele. Ele quem começa. Foi ele que começou tudo. Não brigue comigo, brigue com ele.
- Não, não adianta eu falar com ele. Ele não vai me ouvir. – eu disse explicando-me. nunca me ouvia. - Mais eu posso pedir para o meu namorado falar com ele. – eu disse rindo, sabendo que ela entenderia do que se tratava.
- O que? Eu ouvi bem? Você disse namorado? É isso mesmo? – Ela disse afobada.
- Sim, é isso mesmo. - eu disse rindo novamente. - Olha. - Eu mostrei o anel que havia me dado.
- Oh eu não acredito. Isso é muito bom . – ela disse dando um pulo e pegando a minha mão para ver o anel. - Eu sabia. Sabia que ele gostava de você.
- Sabia? Falou ai senhorita vidente. – eu disse ironizando.
Eu contei a ela como foi o singelo e fofo pedido de e tudo mais o que ela deveria saber. Eu finalmente estava com o cara que eu amava.
Depois de fofocarmos muito, o sono nos embriagou, e acabamos dormindo. Bem, o meu sono não durou muito.
~ Sonho ON ~
Os primeiros meses foram decididamente os mais difíceis para .
Toda noite, ela tinha pesadelos.
Seus pais.
A mandando correr.
Ela acordava mergulhando na cama, aos gritos, como se estivesse pedindo socorro. Só percebia o quão assustador era o sonho depois de sentir-se molhada.
Com toda certeza a única coisa boa que vinha com os pesadelos, era a chegada de seu “novo papai” no quarto, para acalmá-la.
Nas primeiras noites, ele apenas a observava. Noites depois, pode ouvir um sussurro:
– Psiu, eu estou aqui, agora esta tudo bem, minha menina.
Passadas algumas semanas, conseguiu um abraço. A confiança com o seu “novo papai” vinha depressa. Ela vira que em meio aos seus gritos de angustia, ele sempre apareceria e não iria embora.
Uma pequena observação:
Não ir embora: ato de confiança e amor, comumente decifrado pelas crianças.
~ Sonho OFF ~
Eu não fazia a menor ideia do que aquele sonho significava para mim, só sei que eu o sonhei exatamente os mesmo, milhões e milhões de vezes seguidas. Novo papai? Isso não fazia sentido algum.
Os sonhos. Ou pesadelos, chame-os como quiser me davam medo. O sonho com o menino. E agora com esse novo pai. Depois disso tive um sonho. Na verdade, me pareceu mais uma reprise do que já havia acontecido uma vez.
~ Sonho/Flashback ON ~
- Eu fui tão idiota . Eu perdi a minha menina. – disse chorando.
- Eu não entendo. Não consigo entender. Se você gosta tanto dela, por que fez isso? – eu disse sentando ao seu lado.
- Não interessa. Nada interessa mais. Agora sai do meu quarto. – ele disse como se aquilo fosse algum segredo. O que ele estava escondendo?
- Você sabe que não é assim que as coisas funcionam não é? Sabe que não vai ficar assim. – eu disse o avisando. – Você ainda vai sofrer muito por tudo isso. – eu terminei e sai de seu quarto. Tinha acabado. Tudo entre eles estava acabado. Eram dois corações partidos agora. E o que escondia?
~ Sonho/Flashback OFF ~
Era tudo tão estranho. E sempre a última parte me chamava atenção. O que escondia? Por que isso? Por que estava acontecendo tudo isso?
Eu continuei com os sonhos durante três meses. E depois... E depois nada. Eles simplesmente acabaram. Bem, foi o que me pareceu. Mal sabia eu que aquilo voltaria alguns meses depois.
Cadê o capítulo 5???!! Preciso dele!
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