Música : This Love - Maroon 5
FESTA DE UM DESCONHECIDO. 23h06min. Quarto... Melhor... Cama.
Era uma sensação prazerosa. Aquilo me fazia levitar. E não, não eram drogas.
Bom, de certa forma era. era a minha droga.
Eu sentia beijos sendo espalhados pelo meu corpo.
Mandíbula, pescoço, colo, barriga.
Aquilo estava ficando cada vez melhor.
Minha blusa já havia ido embora há tempos, e sentia que estava apenas brincando comigo. Torturando-me.
E oh, como eu gostava daquele tipo de tortura.
Logo chegou a vez de meu sutiã dar adeus ao meu corpo. Aquele pedaço de pano realmente estava me incomodando naquela hora.
sugava ferozmente meu seio esquerdo, enquanto sua outra mão apertava meu seio direito com precisão. Eu apenas o observava se divertindo, mordendo meu lábio inferior para conter um gemido e acariciando seus cabelos, incentivando-o a continuar com tudo aquilo. Ele então desceu sua atenção de volta a minha barriga, dando alguns selinhos em volta de meu umbigo e logo descendo mais... E mais... E mais...
me olhou maroto, como se pedisse permissão para tirar minhas calças.
- Permissão concebida – eu sussurrei.
Ele riu, começando a desabotoar minhas calças. Estava tendo um pouco de dificuldades quanto aquela parte logo, resolvi ajudar tirando eu mesma as minhas calças. Senti-me em desvantagem vendo ainda vestido, então tratei de tirar sua camisa e joguei-a em qualquer canto do quarto.
Afinal, de quem era aquele quarto mesmo?
Não importava, mais com certeza eu deveria agradecer depois.
Era uma mistura de cheiros e sensações. O perfume de se misturando com o meu perfume, o gosto dele se misturando ao meu. Aquilo era excitante para mim.
Me levantei, trocando de posição com , fazendo-me ficar em cima dele. Sorri maliciosa e desci ate as suas calças. Não precisei de permissão uma vez que ele mesmo me ajudou a tirá-las.
Eu não estava com medo, ou insegura. Eu o amava. Isso era o certo a se fazer, não era? Sim, era.
me puxou para mais um beijo e continuamos assim por algum tempo, ate sentir uma das mãos de adentrar com suavidade minha calcinha, massageando aquela região. Oh, como aquilo era bom. O choque entre a mão fria de e minha intimidade quente só aumentou o desejo de tê-lo em mim.
passou um de seus dedos nos lábios exterior de minha intimidade, logo passando para o clitóris, me estimulando cada vez mais. Para não ficar em desvantagem, desci minha mão para seu membro já rígido, massageando-o para fazê-lo chegar logo ao seu clímax. Mais uns minutos e eu não agüentaria tudo aquilo.
Infelizmente, a intenção de era diferente da minha. Ele desceu o rosto entre as minhas pernas e começou a dar beijos languidos na parte interna da minha coxa direita, passando devagar para a esquerda.
- Por favor – eu sussurrei com a voz rouca. Aquilo estava me matando.
- Por favor? Oh, então você quer que eu pare? – ele disse se afastando um pouco.
- Não – minha voz soou desesperada naquele momento. – Continua.
- Foi como eu pensei. – ele disse entre um risinho desaforado.
Logo vi minha calcinha no chão e a língua quente de me estimulando. Começou com beijos, como se lá realmente fosse a minha boca. Depois, entrou devagar um de seus dedos, no movimento de ir e vir e depois, mais rápido. Ver-me gemer, implorando por mais era demais para . Conclui isso assim que vi depois de um gemido meu, tirar sua boxer preta e adentrar ferozmente em mim. Suas estocadas eram cada vez mais fortes. Nos olhávamos a todo instante e eu via nitidamente o desejo de através deles.
- É bom vê-la entregue a mim. – ele sussurrou em meu ouvido, não parando um minuto com as estocadas. – Olha o que você faz comigo garota. Eu estou louco por você. Eu te amo. - Ele continuou.
Eu não estava em condições de responder, já que estava em meu segundo orgasmo. Logo, ele também gozou, parando aos poucos com os movimentos e finalmente, dando sua ultima estocada forte.
Ainda em cima de mim, deu alguns selinhos em meu ombro, em seguida caindo para o lado desocupado da cama. Me aconcheguei em seu peito, ouvindo o ritmo descompensado de seu coração. Tenho certeza que ele notou isso: A minha atenção nas batidas do seu coração.
- Ouviu? Ele fica assim quando eu te vejo. – ele disse dando em seguida um beijo no topo da minha cabeça.
- Na verdade, ele esta assim por causa do sexo. – eu disse rindo em seguida.
- Engraçadinha. – ele disse rindo também.
Eu estava feliz. Eu tinha tudo agora. Eu tinha , tudo ia bem na escola, e a minha família estava ótima. Por pouco tempo, mais ainda sim ela estava.
O ano passou voando e quando me dei conta, estávamos de férias.
decidiu pegar uns filmes e levar pra minha casa. Ele passaria parte das férias comigo.
- Sabe, faz muito frio lá fora. É inverno. Muita neve. – Ele dizia, distribuindo beijos em meu ombro.
- Hm, e o que tem? – eu disse sem olhar para .
- Estamos na sua cama, embaixo dos cobertores e...
- E eu não vou transar agora . – eu disse rindo.
- Por que não? – ele disse sério.
- Não deu pra perceber? Jura? – eu disse apontando pra TV. - Estou assistindo filme.
- Quer dizer que o filme é melhor do que sexo com o seu namorado?
- Hm, sabe o filme não enrola tanto... E é bem direcionado.
- Ta falando que eu não sei fazer?
- Quem ta falando isso é você.
- Então você prefere o filme?
- Sim, prefiro.
- Certo. Vou pra minha casa. – Ele disse se levantando.
- Ei. Espera.
- O que foi? – ele disse olhando para mim.
- Só acho que devíamos experimentar isso. - Eu disse mostrando chocolate derretido e morangos.
Devo dizer que o chocolate e os morangos foram muito bem aproveitados.
Eu sei, parece que a estória acabou e que eu vivi feliz pra sempre me entupindo de chocolate e emagrecendo com sexo. Não não minha cara, a estória esta muito longe de acabar.
Nas férias de dezembro veio a notícia que mudaria completamente a minha vida: Os negócios de papai estavam indo de mal a pior, e só com ele se mudando para New York as coisas iriam melhorar.
Mudanças. Elas me tiraram . E agora me tirariam também. Parece que a vida gostava de pregar peças em mim.
Estávamos no aeroporto, despedindo-nos de Ryan e .
- Se você voltar, veremos como ficaram as coisas entre nós. – Ryan disse a . Segundo ela, o término foi amigável.
- Eu prometo. Eu vou voltar. Isso ainda não acabou. – eu disse aos prantos enquanto abraçava .
- Calma linda, tudo isso vai passar. Eu amo você. – ele disse me abraçando forte.
- , temos que ir. – ouvi minha mãe dizer.
- Eu amo você. – eu sussurrei, beijando- o em seguida.
Embarquei de corpo e alma, mais meu coração ficara em Chicago.
Bem, era isso que eu achava.
A casa em New York era muito bonita. Podia bem ser a casa dos seus sonhos. Como você a imagina? Grande, pequena, com vários ou poucos cômodos? Bem, ela era ideal para a minha família. Parecia que aquilo estava destinado a ser nosso.
Destino.
Eu estava desamparada em certos pontos. Eu acabara de deixar o homem que eu amava para trás, contra minha própria vontade. Precisava descansar.
Decidi subi para o meu quarto e dormir. Se fosse preciso, dormiria ate a eternidade, apenas para passar a dor.
estava arrumando seu quarto (agora cada um teria seu próprio quarto) quando sua porta se fechou. O susto não foi pelo barulho e sim por quem ela viu ali. E não, não era o vento. Era .
- Você fica sexy quando se assusta sabia? - ele disse encostado na porta.
- Sem joguinhos. Sai do meu quarto vai – ela disse indo em direção a porta, colocando a mão na maçaneta.
- Nós precisamos conversar. – ele disse sério.
- “Nós” não precisamos conversar porcaria nenhuma. – ela disse nervosa. Ela sabia o que estava por vir.
- Oh não? – ele disse esperto. Em fração de segundos, estava contra a porta. Contra o corpo de . Encurralada.
- Me solta menino, isso não tem graça. – ela disse estapeando os ombros de .
- Para com isso. – ele gritou. Nesse instante ficou imóvel. Olhos fechados. Não era medo de que ela tinha de fato. Era dela mesma. Era medo do que ela sentia.
- Abra os olhos. Olhe pra mim – ele pediu. Ela abriu os olhos devagar.
- Diga que não me ama mais. Anda, diga que não sente minha falta. – ele soltou de uma vez. Não agüentava mais reprimir o que estava sentindo.
- Eu... – ela não conseguiu terminar. Não podia mentir.
- Eu amo você , quer você queira ou não. E você não pode mudar o que eu sinto.
- Eu não quero mudar isso. Eu só tenho medo.
- Medo? Medo do que? – ele disse caçoando dela.
- Disso.
Entenda o “disso” como quiser.
Ok, eu conto. Um beijo. Daqueles que ardem o coração, sabe? Que o acelera e faz você se sentir diferente. Mais viva. E bem... Posso dizer que eles não ficaram só aos beijos.
Quando acordei, não passava das 23h. Tomei um banho e fui jantar, ate então um silencio pairava em casa. Achei estranho e subi para o corredor de cima, onde ficavam os quartos. Um bilhete na porta do quarto dos meus pais avisava que haviam saído para uma reunião e voltariam pela manha. O quarto de estava fechado e um silencio absoluto estava por lá. Estaria dormindo, conclui. Quando passei pelo quarto do meu irmão algo me chamou atenção. Ele estava ouvindo uma canção qualquer e um sorriso enorme estava em seus lábios.
- Ih, o que aconteceu? – eu disse entrando em seu quarto.
- Oxi, eu só estou feliz, não pode? – ele perguntou.
- Poder pode. Ahh, fala logo. O que aconteceu?
- Acho melhor você perguntar para . – ele disse rindo maroto.
Oh não.
- Seu infeliz, eu não acredito que levou a minha melhor amiga pra cama. – eu disse o estapeando.
- Tecnicamente, não foi na cama. – ele disse rindo e segurando os meus pulsos.
- Credo, eu não quero saber pra onde você a levou. Me solta seu sacana, eu vou falar com ela. – eu disse rindo.
Entrei no quarto de e tudo estava quieto.
Claro, ela não estava lá. Ouvi o chuveiro de seu quarto desligar e a esperei sair do banho.
- TA LOUCA MENINA, QUE SUSTO. QUER ME ESTUPRAR AGORA? – ela disse gritando e batendo algumas peças de roupas que estavam em suas mãos em mim.
- Calma menina – eu disse rindo. – Anda. Me conta. – eu sentei em sua cama.
- Contar o que? – ela disse jogando as roupas num cesto de roupas sujas e indo até seu guarda roupa.
- Não enrola menina, o já me contou tudo.
Eu torcia para que e voltassem. Eles eram um tipo de casal que nunca deveria ter se separado. Eu sentia que era verdadeiro.
P.O.V.
Calor.
Era o que sentia naquela hora.
E certo nojo.
Transar com uma líder de torcida (lesse vadia) não era muito agradável. Elas não são tão... Experientes, se é que me entende.
- Ok, chega... Err... Qual é o seu nome mesmo? – Eu disse tirando a menina de cima de mim.
- Tina , Tina. – ela disse se sentando.
- Certo Tifanny...
- É Tina – ela disse irritada.
- Seja lá qual for o seu nome, eu tenho compromisso agora. Pode deixar que eu pago. – eu disse levantando-me e colocando minhas roupas.
Sai do quarto e fui para a recepção para pagar o quarto.
Você não pensou que eu levaria uma vadia para o meu loft não é?
Não mesmo.
O motel era o mais aconselhável. Se eu levasse alguma menina até meu loft, significaria compromisso. Sem chances.
Como todo sábado à tarde, eu fazia hora extra no meu emprego.
Qual é? Eu era um galinha, não um vagabundo.
E além do mais, eu amava o meu trabalho. Levava ele muito a sério.
E não, eu não era dono de alguma boate. Estaria rico se fosse assim.
Estava trabalhando em uma reportagem sobre os últimos cem anos do bairro, para a comemoração da cidade na redação do Jornal local. A comemoração dos trezentos anos só aconteceria daqui quatro meses e meio, e mesmo assim, tinha que fazer tudo com antecedência. Era muita história. Como o bairro era pequeno, as noticias voavam a velocidade a cima do normal. “Uma família rica chegou. Um menino e duas meninas” foi o que eu ouvi.
Particularmente a parte de “duas meninas” me chamou a atenção. Será que eram gêmeas? Elas topariam um... Bom, vamos deixar esses pensamentos de lado.
Continuei com as minhas pesquisas para a matéria e nem vi o tempo passar. Quando me dei conta, já eram onze horas da noite.
- você vai ficar? Eu tenho que fechar aqui – Josh, o francês loiro esquisito, com pele pálida e cara de sofrimento que tinha se mudado para o bairro há algum tempo disse, parando de frente para a minha mesa.
- Eu já estou indo. Não se preocupe – eu disse e o vi sair. Salvei todas as pesquisas no meu pen drive, peguei meu casaco que estava pendurado em minha cadeira e fechei a porta do meu escritório. Já ia andando quando Josh me parou:
- Eu fico com a chave – Ele disse segurando no meu braço.
Olhei para a mão dele que estava apertando o meu braço, e esse logo notou e soltou.
- EU fico com a chave do MEU escritório – eu afirmei e sai sem olhar qual foi a reação de Josh.
Oras, a última coisa que eu faria na vida seria entregar a chave do meu escritório pra alguém. É como se fosse a minha segunda casa, nada disso.
Logo que sai do Jornal local, notei que havia muita neblina, com um quê de mistério, carregadas de dor e desespero.
Dei-me conta do desespero assim que ouvi um grito de socorro. As ruas estavam desertas e naquele bairro havia muitos becos. Seria difícil achar quem e onde a pessoa estaria.
- Me solte – eu vi uma menina com um pouco menos de 1,65 de altura, pálida pelo medo, com os cabelos cascateando em seus ombros, estapeando um homem com o rosto coberto por um pano que a mantinha presa contra a parede.
- Você não vai a lugar nenhum docinho – ele disse dando uma risada nojenta e se esfregando mais na menina.
- Hey seu babaca, larga ela – eu gritei, me revelando detrás da neblina.
- Ora, ora, ora , veio dar uma de bom moço? - Ele disse olhando para mim. Como ele sabia quem eu era?
- Larga ela – eu disse entre os dentes.
- Com prazer – ele se virou e lambeu a parte da bochecha dela. – Corra docinho, você não vai se livrar de mim tão fácil assim. - ele disse se virando para mim e me encarando.
A menina correu e ficou atrás de mim.
- Vá embora – eu me virei e disse a ela.
O homem encapuzado aproveitou a minha distração e me empurrou, fazendo com que meu corpo se chocasse contra o chão, lançando chutes em minhas costas, barriga, abdômen, pernas.
- Obedeça ele docinho, corra enquanto ainda dá tempo – ele olhou para mim e depois para ela, voltando a me olhar logo em seguida, começando novamente com a série de chutes.
- Pare. Pare com isso. Não o machuque. Pare – ela disse indo em direção a mim e se abaixando.
Um carro rotineiro da policia estava passando e o covarde correu.
Eu não sentia mais meu corpo. Saia sangue pela minha boca e de repente meus olhos foram ficando pesados.
- Olhe o que aquele nojento fez com você – ela disse começando a chorar e tentando me fazer sentar, me encostando na parede.
- Eu... Chame alguém – foi o que me lembro de ter tido a aquela menina assustada antes de desmaiar.
Foi uma surra e tanto.
Preciso do sexto capítulo!! Vou morrer.
ResponderExcluir